Quando o Audi de Le Mans encontra o temível Eurofighter
A reunião mais improvável permitiu encontrar surpreendentes pontos de contacto… De facto, o que poderão ter em comum o Audi R18 e-tron quattro que é um dos favoritos no Mundial de Resistência e nas 24 Horas de Le Mans e o… Eurofighter Typhoon, o
Num extremo do aeroporto de Munique, este encontro surpreendente contou com a presença de André Lotterer, piloto da Audi, já campeão do Mundo de Resistência e vencedor de Le Mans por três vezes, e do piloto de testes do Eurofighter Typhoon, Geri Krähenbühl. Ambos admiraram as máquinas um do outro e puderam subir a bordo, em visitas mutuamente guiadas.
"É incrível estar rodeado por uma tal quantidade de instrumentos, senti-me completamente perdido", comentou Lotterer, ao admirar o "cockpit" do Eurofighter, recordando haver "pouquíssimas semelhanças entre um carro que se move em duas dimensões e um avião que se movimenta em três".
Mas, afinal, parece haver um ponto em comum porque o suíço Krähenbühl também achou o habitáculo do Audi R18 (aqui um carro de 2014) extremamente complexo, com demasiados botões… "São muitos, iria demorar imenso tempo a habituar-me às diferentes cores dos botões e dos vários comandos rotativos. No avião faço tudo sem mexer a mão até porque, com as forças que sofremos, torna-se muito difícil mexer os braços. Então o avião é comandado com as pontas dos dedos, como se tocasse piano, e pelo controlo de voz, através da máscara de oxigénio".
Daí Krähenbühl ter de usar um fato especial e bem diferente do macacão ignífugo (à prova de fogo) envergado por Lotterer no Audi. O do piloto do Eurofighter é ligado a um sistema de pressurização nas pernas, para que aquela zona do corpo se mantenha à pressão da cabina, para que o sangue continue a irrigar o cérebro mesmo sob aquelas forças extremas. Sem isso, o piloto desmaiaria! Duas máquinas fascinantes e construídas para fins muito específicos e sem quaisquer compromissos a elementos como, por exemplo, o conforto…